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segunda-feira, 22 de julho de 2013

A tela



Estou aqui mais uma vez na frente dessa tela
Confesso que gosto de gerir um texto
Seja qual for ou de qualquer finalidade
Sinto nesse momento a ansiedade
De sentir o prazer, a plenitude, o gozo e,
A ejaculação como um riso dado espontaneamente
Em um momento especial
E logo depois começo a sentir como uma mulher grávida
O crescimento do seu filho em seu ventre
A formação concreta de cada pedaço,
De cada extensão da sua criação
No ventre de meus pensamentos
Começo a gerir o meu texto
Cansado, suado, sofrido, mas sublime
E já contemplado
Ao vê-lo pronto diante de mim
A tela é o berço e as palavras escritas
São como ossos que se unem formando o meu fruto

O fruto do ventre dos meus pensamentos

(Pseudônimo: Eleonora Moura)

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